sábado, 26 de dezembro de 2009

O boi Zebu e as formigas



Imagem: http://www.uniblog.com.br/


Posto aqui, um poema de Antonio Gonçalves da Silva,
o Patativa do Assaré,
o maior poeta popular que esta mundo já conheceu,
orgulho de todo cearense
(O poema usa linguagem informal)

O boi Zebu e as formigas

Um boi Zebu certa vez
Moiadinho de suo,
Querem sabê o que ele fez

Temendo o calor do só?
Entendeu de demorá
E uns minuto cuchilá

Na sombra de um juazêro
Que havia dentro da mata
E firmou as quatro pata
Em riba de um formiguêro.

 
Já se sabe que a formiga
Cumpre a sua obrigação,
Uma com outra não briga

Veve em perfeita união

Suas foia carregando

Paciente trabaiando


Um grande inzempro revela
Naquele seu vai e vem
E não mexe com ninguém

Se ninguém mexe com ela.

 

Por isso com a chegada
Daquele grande animá

Todas ficaro zangada,

Começaram a se acanhá

E foro se reunindo
Nas perna do boi subindo,
   

Constantemente a subi,
Mas tão devagá andava

Que no começo não dava
Pra ele nada senti.


Ma porém como a formiga
Em todo canto se soca,
Dos casco até a barriga

Começou a frivioca

E no corpo se espaiando

O zebu foi se aperriando

com os casco no chão batia.
Mas porém não miorava,

Quanto mai
s coice ele dava
Mais formiga aparecia.


Com essa formigaria
Tudo picando sem dó,

O lombo do boi ardia

Mais do que na luz do só

E ele zangado as patada,

Mais força incorporava,
 

o valentão não aguenta
O zebu não tava bem,

Quando ele matava cem,

Chegava mais de quinhenta.

 

Com a feição de guerrêra
Uma formiga animada
Gritou para as companhêra:

"Vamo minhas camarada

Acabá com os capricho

Deste ignorante bicho


Com a nossa força comum
Defendendo o formiguêro
Nos somo muito mieiro

E este zebu é só um".


Tanta formiga chegou
Que a terra ali ficou cheia

Formiga de toda cô
Preta, amarela e vermêa

No boi zebu se espaiando

Cutucando e pinicando
 
Aqui e ali tinha um moio
E ele com grande fadiga

Pruquê já tinha formiga

Até por dentro dos óio.

 

Com o lombo todo ardendo
Daquele grande aperreio

O zebu saiu correndo

Fungando e berrando feio

E as formiga inocente

Mostraro pra toda gente

Esta lição de morá

Contra a farta de respeito
Cada qual tem seu direito

Até nas leis da natureza

 
As formiga a defendê
Sua casa, o formiguêro,
Botando o boi pra corrê

Da sombra do juazêro,

Mostraro nessa lição

Quanto pode a união;
 

Neste meu poema novo
O boi zebu qué dizê

Que é os mandão do podê,

E essas formiga é o povo.





quarta-feira, 10 de junho de 2009

Deus


imagem: http://lacosazuis.blogs.sapo.pt/


Depois de algum tempo sem postar nada no blog agora resolvi colocar aqui uma música que me emociona sempre que ouço. Música de Ozéias de Paula, acredito ser de autoria do Edson Coelho mas não tenho certeza. Leia o poema desta música e procure conhecer mais a Deus. Valeu.


Deus.
Grandioso ser jamais criado,
principio e fim
não delimitam tua história,
excelso espírito,
supremo
e iluminado,
pai excelente,
santo e puro em áurea glória.

Como explicar-te à criatura que é tão breve?
que esculturaste da poeira esquecida?
mas adorar-te é o que se pode e o que se deve,
na gratidão de quem do nada deste a vida.

No principio,era o verbo
e o verbo era sublime parte de ti mesmo, que fluía,
e quando alçaste pelo cosmo a grande esfera,
traçaste o plano da perfeita harmonia.

Deus na apoteose da verdade,
a via láctea estendeste no espaço,
e aos turbilhões
constelações de eternidade,
tu colocaste em ornamento dos teus passos.



Tirinha do Snoop

Tirinhas do Zero

Tiras do Garfield