quarta-feira, 26 de novembro de 2008

O pão e o sapo




imagem: haziell.blog.simplesnet.pt

Família reunida no alpendre da casa de meus pais. Meu pai já dormia e minha mãe conversava conosco.
(minha mãe) _ Chico flor era muito curioso! sempre que alguém estava conversando ele chegava perto devagarinho e olhava pro outro lado pra gente achar que ele não estava prestando atenção... _ e completou: _ acho que vocês não conheceram o chico...

(Meu irmão) _ Eu conheci mãe... ele até criava sapo!

...

Daí em diante eu não ouvi mais a história que minha mãe contava. As vezes agente demora um pouco pra entender algo que escuta.

Dei um tempo e nada. (pra que raios alguém criaria sapo?)


_ Criava sapo? (falei sem atentar se interrompia alguém)

(Meu irmão) _ Era. Criava sapo.

...

(Eu) _ Pra que criava sapo?

(Meu irmão) _ Pra vender pro padeiro.

... (a história só se complicava...)

(Eu) _ Pro padeiro? Por que o padeiro comprava sapo?


(Meu irmão) _ Ele vendia em Barreira (ceará)

(Eu) _ Por que alguém em Barreira compraria sapo? (perguntei já quase "pegando ar")

(Meu irmão) _ Em Barreira eles tirava o couro do sapo e fazia bolsa, chinelo, cinto, um bocado de coisas. O padeiro tinha um jumento com dois caixotes; ele trazia pão e voltava com sapo.


... (dei outro tempinho pra ver se meu irmão desfazia o que eu estava pensando, mas...)

(Eu) _ O caixote do pão é o mesmo do sapo?


(Meu irmão) _ Era.


Tentei recordar se comia pão naquela época mas não lembrei.
É! Acho que não comi pão do caixote.

sábado, 30 de agosto de 2008

Dona Quitéria

imagem: www.oglobo.com (modificado)


Esta é mais uma das histórias do seu Luiz. Ele me contou enquando tomávamos café à mesa da Dedé, e pediu que a postasse aqui. Dá pra não contar.


Ah! a Dona Quitéria.
Mulher fina. Vaidosa na medida do possível, simpática e respeitadora.
Na década de cinquenta ela era considerada rica na região canavieira de Redenção.
Esposa do dono da padaria, Dona Quitéria se destacava na cidade não só pelo dinheiro que tinha mas principalmente por sua simplicidade no falar e no trato com as pessoas. Na padaria não permitia que funcionários fossem detratados ou humilhados por qualquer que fosse. Mulher sábia, sempre ouvia os dois lados da história para então tomar partido por alguma coisa.
Aos domingos, podia ser vista na igreja com o marido, com o qual chegava sempre de braços entrelaçados. O brilho podia ser visto de longe. Eram suas joias que reluziam e ofuscava a todos que a fitava nas manhãs dominicais.
É claro que o carater de Dona Quitéria não permitia que todo esta ostentação pudesse ser julgado como tentativa de humilhar os demais de sua terra, mas tão somente era vaidade do bem. Sentia-se feliz com o brilho de seus adornos.
Pois bem. O fato é que com o passar dos anos a padaria foi ganhando concorrência de forasteiros, que começaram a distribuir pães na região, e como qualquer império, o negócio mirrou, tornando-se um comércio comum e irrelevante.
Passaram-se os anos, a padaria resistia sem forças e o dinheiro não permitia mais luxos. Dona Quitéria porém não abria mão de uma coisa: suas jóias.
Ainda aos domingos via-se Dona Quitéria e seu marido chegando a igreja, só que agora as jóias não eram mais o único destaque da elegante senhora. O peso da idade modificava suas feições que acabava por desentoar um tanto com os velhos e talvez exagerados adornos que conduzia. Certo dia, isto chamou a atenção de algumas jovens que estavam próximas a porta da igreja.
Dona Quitéria percebeu o cochicho e risos discretos e mantendo sua peculiar elegância, não se conteve e recitou:
"Estás sorrindo da velhinha?
Pois olhe, repare bem:
A bem pouco tempo atrás eu era jovem também.
Sempre respeitei os velhos,
Nunca critiquei ninguém.
Vamos entrar,
rezar,
pedir a Deus
pra ficar velho também."
Dito isto, desprendeu um leve sorriso no rosto e adentrou a
o templo.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Dicas para um grande amor

Imagem:www.kboing.com.br/

Este bonito texto é uma coleção de dicas
para quem quer viver um grande e duradouro amor.
Vale a pena ler.

"Aos que não casaram,
Aos que vão casar,
Aos que acabaram de casar,
Aos que pensam em se separar,
Aos que acabaram de se separar.
Aos que pensam em voltar...

Não existem vários tipos de amor, assim como não existem três tipos de saudades, quatro de ódio, seis espécies de inveja.
O AMOR É ÚNICO,
como qualquer sentimento, seja ele destinado a familiares, ao cônjuge ou a Deus.

A diferença é que, como entre marido e mulher não há laços de sangue,
A SEDUÇÃO
tem que ser ininterrupta...

Por não haver nenhuma garantia de durabilidade, qualquer alteração no tom de voz nos fragiliza, e de cobrança em cobrança, acabamos por sepultar uma relação que poderia
SER ETERNA

Casaram. Te amo pra lá, te amo pra cá. Lindo, mas insustentável. O sucesso de um casamento exige mais do que declarações românticas.
Entre duas pessoas que resolvem dividir o mesmo teto, tem que haver muito mais do que amor, e às vezes, nem necessita de um amor tão intenso. É preciso que haja, antes de mais nada,
RESPEITO.
Agressões zero.

Disposição para ouvir argumentos alheios. Alguma paciência... Amor só, não basta. Não pode haver competição. Nem comparações. Tem que ter jogo de cintura, para acatar regras que não foram previamente combinadas. Tem que haver
BOM HUMOR
para enfrentar imprevistos, acessos de carência, infantilidades.
Tem que saber levar.

Amar só é pouco.
Tem que haver inteligência. Um cérebro programado para enfrentar tensões pré-menstruais, rejeições, demissões inesperadas, contas para pagar.
Tem que ter disciplina para educar filhos, dar exemplo, não gritar.
Tem que ter um bom psiquiatra. Não adianta, apenas, amar.

Entre casais que se unem , visando à longevidade do matrimônio, tem que haver um pouco de silêncio, amigos de infância, vida própria, um tempo pra cada um.
Tem que haver confiança. Certa camaradagem, às vezes fingir que não viu, fazer de conta que não escutou. É preciso entender que união não significa, necessariamente, fusão.
E que amar "solamente", não basta.

Entre homens e mulheres que acham que
O AMOR É SÓ POESIA,
tem que haver discernimento, pé no chão, racionalidade. Tem que saber que o amor pode ser bom pode durar para sempre, mas que sozinho não dá conta do recado.

O amor é grande, mas não são dois.
Tem que saber se aquele amor faz bem ou não, se não fizer bem, não é amor. É preciso convocar uma turma de sentimentos para amparar esse amor que carrega o ônus da onipotência.
O amor até pode nos bastar, mas ele próprio não se basta.

Um bom Amor aos que já têm!
Um bom encontro aos que procuram!
E felicidades a todos nós!"

Texto de Artur da Távola
político, escritor, jornalista, Apresentador da Tv Senado, etc.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Cambalache

Imagem: http://sozacaricaturas.blogspot.com/2006/09/raul-seixas.html

Esta música, cantada brilhantemente por Raul Seixas,
tem mais de 70 anos
e parece que foi escrita agora.
Leia com atenção e procure ouvi-la
na voz de Raul Seixas.


Que o mundo foi e será uma porcaria eu já sei

Em 506 e em 2000 também
Que sempre houve ladrões, maquiavélicos e safados
Contentes e frustrados, valores, confusão
Mas que o século XX é uma praga de maldade e lixo
Já não há quem negue
Vivemos atolados na lameira
E no mesmo lodo todos manuseados.

Hoje em dia dá no mesmo ser direito que traidor
Ignorante, sábio, besta, pretensioso, afanador

Tudo é igual, nada é melhor
É o mesmo um burro que um bom professor
Sem diferir, é sim senhor
Tanto no norte ou como no sul
Se um vive na impostura e outro afana em sua
Ambição
Dá no mesmo que seja padre, carvoeiro, rei de paus
Cara dura ou senador.

Que falta de respeito, que afronta pra razão
Qualquer um é senhor, qualquer um é ladrão
Misturam-se Beethoven, Ringo Star e Napoleão
Pio IX e Don João, John Lennon e San Martin
Como igual na frente da vitrine
Esses bagunceiros se misturam à vida
Feridos por um sabre já sem ponta
Por chorar a bíblia junto ao aquecedor

Século XX "cambalache", problemático e febril
O que não chora não mama
Quem não rouba é um imbecil
Já não dá mais, "força que dá"
Que lá no inferno nos vamos encontrar
Não penses mais, senta-te ao lado
Que a ninguém mais importa se nasceste honrado

Se é o mesmo que trabalha noite e dia como um boi
Se é o que vive na fartura, se é o que mata, se é o
Que cura
Ou mesmo fora-da-lei.



Composição: Enrique Santos Discépolo
Este argentino
foi poeta, composit
or, ator e autor
de peças de teatro e de letras de
tangos argentinos.
A música 'cambalache' foi Publicado
em 1935, e regravado por Raul Seixas
em 1987, numa versão em português de
sua autoria. A canção, debochada
constatação das indignidades
perpetradas pela humanidade no Século
XX, foi profeticamente composta antes
da Segunda Guerra Mundial, ou seja,
antes das piores barbaridades do
século, razão pela qual deve ter
sido tão regravada,
sem nunca perder a atualidade.
(fonte: http://pt.wikipedia.org)

sábado, 28 de junho de 2008

O velho e o trem


Seu Luis era um contador de histórias. Tinha quase 90 anos(*) e muita coisa pra contar. Na última conversa que tivemos à mesa da cozinha da Marizita, enquanto tomávamos café ele contou o "causo" que descrevo abaixo:




Saía às quatros horas da manhã, a pé por dez quilômetros até Acarape para conseguir lugar sentado no trem que vinha de Crato com destino à Fortaleza. Era uma viagem cansativa e que somente neste percurso Acarape-Fortaleza, exigia disposição ao extremo. Era 1937. 

O trem era o principal meio de transporte e desenvolvimento que havia no Ceará. Uma ferrovia cortava o estado da capital ao Cariri. Como estava dizendo, a viagem era cansativa e chegar cedo à estação era quase sempre garantia de um banco pra sentar. Não era confortável, claro, mas sofria-se menos com os solavancos da estrada de ferro. Já estava acomodado no transporte quando um casal jovem, ela grávida, adentra ao veículo e postula um espaço pra sentar. O jovem se dirigiu a várias pessoas no vagão buscando acento para a esposa, que como disse, estava grávida, mas ninguém se mostrou cavalheiro o bastante para ajudar. Tratei de explicar as razões para não ceder o meu lugar: _ Cheguei cedo pra não viajar em pé. Se vocês querem viajar sentados deveriam fazer como eu, chegar cedo. De fato a viagem era uma via-crúcis. Um velho sentado próximo a mim ouvia tudo com atenção e certa indignação; Disse: _ É muito feio uma coisa destas! Tantos jovens, com saúde a esbanjar (ele me incluía) e sem um mínimo de educação suficiente para dar seu lugar a uma senhora grávida. _ e continuou _ Eu já estou velho, não aguentaria esta viagem em pé, por isto não dou meu lugar. O casal olhava para o velho e confirmava o que ele dizia, movimentando a cabeça afirmativamente. Foi aí que o velho sacou uma sugestão: _ Se a senhora quiser viajar sentada em minhas pernas, não faço objeção. O marido até concordou com a ideia, porém a jovem senhora balbuciou qualquer coisa ao marido e não aceitou a solução apresentada. 

A viagem começou e com isto o calvário de todos e principalmente de quem estava em pé. O trem balançava e vibrava com se quisesse misturar todos os passageiros transformando-nos em massa única. Não durou muito tempo e quando notei a senhora grávida já estava sentada nas pernas do velho. Parece que o balanço do trem também tinha o dom de fazer tomar decisões acertadas. Ri sozinho. O trem continuava o seu percurso, e com ele a tormenta, os balanços e solavancos. Eram muitas estações e de vez em quando a locomotiva parava, subia mais pessoas, partia novamente e assim a agonia durou por quase quatro horas quando finalmente chegamos à fortaleza. 

Os passageiros começaram a sair, ainda com as roupas avermelhadas da poeira da estrada que seria espanada quando descessem do trem. A senhora que veio sentada nas pernas do velho também se levantou mas sem sequer olhar para ele, e se dirigiu ao marido para desembarcar. O jovem marido vendo aquilo se perturbou. _ Amor, fale com o homem. Agradeça-o. Afinal ele te trouxe desde o Acarape. A mulher voltou-se para o velho que já estava de pé, deu uns três passos em sua direção e atento pude escutar quando ela lhe falou baixinho: _ O senhor não é tão velho assim!

 
Este é Seu Luis. O contador de histórias - Adolfo Lima - Junho 2008
* Idade quando contou a história - Seu Luis ou Tio Luis, como o chamávamos, faleceu em 2013, com os seus bem vividos 95 anos. 

domingo, 22 de junho de 2008

Facilita

imagem: http://estudioas.blogspot.com

Outra do Luiz Gonzaga. música no mínimo, simpática.

Comadre Joana sempre reclamou

Da minissaia que a filha tem

O namorado se invocou também.

E certo dia pra ela falou:

_Tua saia, Bastiana, termina muito cedo.
Tua blusa, Bastiana, começa muito tarde


Mas ela respondeu:

_ Oi, facilita...

Pra dançar o xenhenhém, oi, facilita

Pra peneirar o xerém, oi, facilita

Pra dançar na gafieira, oi, facilita

Pra mandar pra lavadeira, oi, facilita

Pra correr na capoeira, oi, facilita

Pra subir no caminhão, oi, facilita

Pra passar no ribeirão, oi, facilita


Composição: Luiz Ramalho

Eu vou pro Crato



imagem:www.sponholz.arq.br


Eu ouvia músicas, como sempre faço, quando escutei uma do Rei do baião que dá um conselho a quem visita um parente.
É bom prestar atenção ao que diz um mestre para não passar vergonha:



Eu vou pro Crato

"Ah! O Cratinho é doce! Cratinho é terra boa! Todo mundo quer ir pra lá.

É... mas ninguém quer ir pro hoté.
Todo mundo quer se arrumar na casa de um parente.

Um diz que vai pra casa do Alencar, outro diz que vai prá casa de um parente.
Outro diz que vai pra casa de seu Pedro.

É... mas eles num gosta muito disso não...


Só se fizerem com eu, ?


Eu, quando vou me hospedar na casa do parente, eu levo um saco de farinha, levo um bode seco, uma dúzia de abacaxi, um capãozinho, um saco de piqui, uma cachacinha boa...


Ah.ah! Faça como eu, viu?

O parente fica satisfeito, depois você pode dizer que o "Cratinho" é de açucar, pode passear, pode se divertir no Crato(Ce)...


Mas faça como eu. Ah, ah!"


Letra completa em: http://vagalume.uol.com.br/luiz-gonzaga/eu-vou-pro-crato.html

terça-feira, 10 de junho de 2008

Ações bélicas

A turma toda estava apreensiva. Era dia da prova de língua portuguesa e esta tinha tudo para ser pior que as outras. Era possível ver a tristeza estampada em cada rosto. Motivo: Desta vez seria uma redação e o tema... surpresa.

Na verdade Língua Portuguesa parecia muito fácil quando o professor Valmir apresentava as questões com aquelas frases feitas na aula, porém, na hora da avaliação as frases pareciam tiradas de um livro de filosofia ou física quântica.

_ Boa tarde! Disse o mestre, sorridente como sempre.

Sem mais delongas escreveu no quadro-verde: “REDAÇÃO - Tema: Ações bélicas”

_...

_...

Formou-se um silêncio. Todos baixaram a cabeça fitando o papel. Ainda de cabeça baixa olhei de lado pra ver se alguém fazia algum sinal de não estar entendendo nada, porém ninguém se manifestou. Esperava ver toda a classe se entreolhando e erguendo os ombros como quem pergunta “que raios é bélico?”. Nada.

Percebi que todos já escreviam e que esta dúvida era exclusivamente minha; talvez tivesse faltado à aula no dia que o pedagogo falou sobre “as coisas bélicas”.

Não era muito ruim de redação. Talvez não conhecesse a estrutura, o tal de começo, meio e fim, mas não me desesperava se era pra escrever sobre algo que eu tivesse o mínimo de conhecimento. Pois é... O mínimo de conhecimento. Decididamente bélico não se enquadrava nesse mínimo, e o pior é que a turma continuava escrevendo a todo vapor e não parecia encontrar dificuldades no tema.

Minha timidez, no entanto, não me permitia levantar a voz perante toda a sala de aula e eliminar a questão que surgiu.

_Não tem jeito _ pensei _ o melhor a fazer é partir pra etimologia.

Na verdade não é muito difícil entender a origem das palavras. Como diria a trupe Os melhores do mundo: “É só prestar um pouco de atenção” pois geralmente isto é muito intuitivo. Bélico, por exemplo, obviamente tem origem no adjetivo belo, logo, bélico nada mais é que qualidade do que é belo.

_ Heureca! Matei a charada.

Pus-me a escrever sobre o que veio à mente,

_ Que tema amplo! Crianças ajudando velhas senhoras a atravessar a rua... Um bom dia ao desconhecido que passa... Avisar sobre a carteira que acabou de cair do bolso daquele caixeiro da venda... Não pagar mal com mal, mas oferecer a outra face...

O fato é que já se passava uns cinco minutos e ia pra lá da vigésima linha quando alguém perguntou em apenas um lance:

_ Professor Valmir! O que é bélico?

Levantei um pouco os olhos para não me escapar a resposta caso ele respondesse baixo, assim, eu poderia tentar ler os seus lábios. A resposta veio em bom tom.

_ Bélico é aquilo relativo ou pertencente à guerra _ respondeu o mestrado que naquele momento parecia ter engolido o Aurélio.

_ Ah! _ disse o colega que fizera a pergunta, e se calou.

_...

Meio envergonhado, virei silenciosamente a página do caderno e escrevi outra vez o título enquanto buscava nas lembranças de filmes vespertinos novos argumentos para a dissertação.

O silêncio na classe continuou, mas aos poucos era quebrado por barulho de folhas de papel que eram dobradas, destacadas, amassadas e sorrateiramente postas nos bolsos.

Adolfo Lima, 07 de junho de 2008

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Dito e Feito


Conforme combinado, dia 18 partimos para Itaipaba para devorar a plantação de milho do Irmão Dudu; Não é milharal comercial mas da pra demanda familiar numa boa. No Brasil. o maior produtor de milho no ano passado foi o estado do Paraná



Pegamos uma estrada que está cada vez pior e com as chuvas então...


Pra quem não foi, resta as fotos.

domingo, 4 de maio de 2008

Milharal na Itaipaba

O dia está bonito (dia bonito no Ceará que dizer que o tempo está chuvoso, ao contrário do sul que nesta situação costuma dizer que o dia está feio). Esta cena é tipica do interior. Fotografei no domingo (dia 26/04/2008) em Itaipaba (que quer dizer "Pedra levantada") distrito de Pacajus. Mostra uma casa de 'taipa', crianças jogando futebol e o céu que promete uma chuva pra daqui a pouco.


O milharal do Irmão Dudu está show. Já está programado: Dia 18 vamos comer milho assado, cozido, pamonha e canjica. É lamentável a gente não poder comer o tanto que gostaria de comer; O fato é que logo a gente enche e pára; no outro dia vem o arrependimento. "Eu deveria ter comido mais!"


Na foto abaixo, o orgulho do Irmão Dudu: Sua plantação de Gerimum.

domingo, 20 de abril de 2008

Açude Castanhão

Esta semana o açude Castanhão, em Nova Jaguaribara(CE) atingiu um nível elevado graças as muitas chuvas (bençãos divinas) fazendo com que o DNOCS abrisse a válvula de controle de nível do açude. Um espetáculo!! Presenciei em 2006. Lembrei de umas fotos que fizemos lá e resolvi postar algumas aqui.

Válvula do açude Castanhão




Nova Jaguaribara (ao fundo, açude castanhão)

sexta-feira, 18 de abril de 2008

A Bíblia e o Celular


Meu amigo Carneirinho me enviou. Como diz ele: "sente só"

A Bíblia e o Celular

Já imaginou o que aconteceria se tratássemos a nossa Bíblia do jeito que

tratamos o nosso celular?
E se sempre carregássemos a nossa Bíblia no bolso ou na bolsa?
E se déssemos uma olhada nela várias vezes ao dia?
E se voltássemos para apanhá-la quando a esquecemos em casa, no
escritório... ?
E se a usássemos para enviar mensagens aos nossos amigos?
E se a tratássemos como se não pudéssemos viver sem ela?
E se a déssemos de presente às crianças?
E se a usássemos quando viajamos?
E se lançássemos mão dela em caso de emergência?
Ao contrário do celular, a Bíblia não fica sem sinal. Ela 'pega' em
qualquer lugar.
Não é preciso se preocupar com a falta de crédito porque Jesus já pagou a
conta e os créditos não têm fim.
E o melhor de tudo: não cai a ligação e a carga da bateria é para toda a
vida.

'Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto'!

(Is 55:6)*


TELEFONES DE EMERGÊNCIA:


Quando você estiver triste, ligue João 14.
Quando pessoas falarem de você, ligue Salmo 27.
Quando você estiver nervoso, ligue Salmo 51.
Quando você estiver preocupado, ligue Mateus 6:19,34.
Quando você estiver em perigo, ligue Salmo 91.
Quando Deus parecer distante, ligue Salmo 63.
Quando sua fé precisar ser ativada, ligue Hebreus 11.
Quando você estiver solitário e com medo, ligue Salmo 23.
Quando você for áspero e crítico, ligue 1 Coríntios 13.
Para saber o segredo da felicidade, ligue Colossenses 3:12-17.
Quando você sentir-se triste e sozinho, ligue Romanos 8:31-39.
Quando você quiser paz e descanso, ligue Mateus 11:25-30.
Quando o mundo parecer maior que Deus, ligue Salmo 90.


Anote em sua agenda, um deles pode ser IMPORTANTE a qualquer MOMENTO em sua
VIDA!!!

Pode ser que um desses números de emergência salve uma vida!!!!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

A história da vaquinha

As vezes pequenos projetos nos impedem de ver grandes sucessos. A clássica história da vaquinha nos ajuda a entender isto.






A história da vaquinha


Um mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou, ao longe, um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita. Durante o percurso, ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e a oportunidade de aprendizado que temos, também, com as pessoas que mal conhecemos. Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar, sem acabamento, casa de madeira; os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas... então se aproximou do senhor, aparentemente o pai daquela família, e perguntou: - Neste lugar não há sinais e pontos de comércio e de trabalho. Como o senhor e a sua família vivem aqui? E o senhor, calmamente, respondeu: - Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos; com a outra parte, nós produzimos queijo, coalhada, etc., para nosso consumo, e, assim, vamos sobrevivendo. O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou: - Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a, jogue-a lá em baixo! O jovem arregalou os olhos, espantado, questionou o mestre sobre o fato de a vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família mas foi cumprir a ordem. Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer. Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos. Um belo dia, ele resolveu largar tudo o que havia aprendido, voltar àquele mesmo lugar para contar tudo àquela família, pedir perdão e ajudá-la. Assim fez e, quando se aproximou do local, avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim. Ficou triste e desesperado, imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver. Apertou o passo e, chegando lá, logo foi recebido por um caseiro muito simpático. Perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos. O caseiro respondeu: - Continuam morando aqui. Espantado, ele entrou correndo na casa e viu que era a mesmo família que visitara antes, com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da vaquinha): - Como o senhor melhorou este sítio e está muito bem de vida? E o senhor respondeu: - Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu. Daí em diante tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos. Assim, alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora.

(Todos nós temos uma "vaquinha" que nos dá alguma coisa básica para sobrevivência e uma convivência com a rotina, limitando nosso progresso.
Descubra qual é a sua e aproveite empurrá-la morro abaixo!)

Autor Desconhecido

Ladrão de galinhas


Esta história é uma tremenda piada. Eu me divirto com tamanha "ficção" e espero você se divirta também


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LADRÃO DE GALINHAS
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Pegaram o cara em flagrante roubando galinhas de um
galinheiro e levaram para a delegacia.

- Que vida mansa, heim, vagabundo? Roubando galinha
para ter o que comer sem precisar trabalhar. Vai para a cadeia!

- Não era para mim não. Era para vender.

- Pior. Venda de artigo roubado. Concorrência desleal com o
comércio estabelecido. Sem-vergonha!

- Mas eu vendia mais caro.

- Mais caro?

- Espalhei o boato que as galinhas do galinheiro eram bichadas e as minhas
não. É que as do galinheiro botavam ovos brancos enquanto as minhas botavam
ovos marrons.

- Mas eram as mesmas galinhas, safado!

- Os ovos das minhas eu pintava.

- Que grande pilantra... Mas já havia um certo respeito no tom do delegado.

- Ainda bem que tu vai preso. Se o dono do galinheiro te pega...

- Já me pegou. Fiz um acerto com ele. Me comprometi a não espalhar mais
boato sobre as galinhas dele, e ele se comprometeu a aumentar os preços dos
produtos dele para ficarem iguais aos meus. Convidamos outros donos de
galinheiro a entrar no nosso esquema. Formamos um oligopólio. Ou, no caso,
um ovigopólio.

- E o que você faz com o lucro do seu negócio?

- Especulo com dólar. Invisto alguma coisa no tráfico de drogas.

Comprei alguns deputados. Dois ou três ministros. Consegui exclusividade no
suprimento de galinhas e ovos para programas de alimentação do governo e
superfaturo os preços.

O delegado mandou pedir um cafezinho para o preso e perguntou se a cadeira
estava confortável, se ele não queria uma almofada.

Depois perguntou:

- Doutor, não me leve a mal, mas com tudo isso, o senhor não
está milionário?

- Trilionário. Sem contar o que eu sonego de Imposto de Renda e o que tenho
depositado ilegalmente no exterior.

- E, com tudo isso, o senhor continua roubando galinhas?

- As vezes. Sabe como é.

- Não sei não, excelência. Me explique.

- É que, em todas essas minhas atividades, eu sinto falta de uma coisa.

O risco, entende? Daquela sensação de perigo, de estar fazendo uma coisa
proibida, da iminência do castigo. Só roubando galinhas eu me sinto
realmente um ladrão, e isso é excitante. Como agora. Fui preso, finalmente.
Vou para a cadeia. É uma experiência nova.

- O que é isso, excelência? O senhor não vai ser preso não.

- Mas fui pego em flagrante pulando a cerca do galinheiro!

- Sim. Mas primário..., e com esses antecedentes...

Autor desconhecido

Tirinha do Snoop

Tirinhas do Zero

Tiras do Garfield